Cursos livres de credenciamento internacional oferecem opção de atualização profissional, mas aluno deve estar atento a fraudes

12-11-2011 09:50
Edição 10/2011
 

MATÉRIA DE CAPA: QUALIDADE AMEAÇADA
Reportagem de Rafael Geyger
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

Cursos livres de credenciamento internacional oferecem opção de  atualização profissional, mas aluno deve estar atento a fraudes


Os frequentes investimentos no setor de atendimento a emergências fazem crescer a demanda por capacitação. Cada vez mais profissionais que atuam no pré-hospitalar, seja em serviços públicos ou privados, ou mesmo na primeira resposta dentro de empresas, buscam qualificar sua atuação em cursos livres e, assim, fazer frente a um mercado cuja competitividade é ascendente.

A opção costuma recair sobre cursos de credenciamento internacional, cuja fonte está vinculada a instituições estrangeiras reconhecidas por sua excelência. No Brasil, tais capacitações são conhecidas por suas siglas, tendo os chamados cursos LS (Life Support - Suporte à Vida) como os mais frequentados.

A busca por qualificação profissional sem critérios, contudo, pode colocar o aluno ou a empresa contratante em situações embaraçosas ou que resultem em perdas financeiras. Incluem-se aí os cursos plagiados (cópias não-autorizadas) e os crimes de estelionato (quando o curso vendido utiliza indevidamente a marca da instituição). Neste caso, o aluno pode cair em um golpe: ele não terá o credenciamento internacional que contratou, pois o instrutor não possui autorização para ministrar o curso.

Júnia Shizue Sueoka, médica do GRAU Resgate, coordenadora do SAME 199 São Caetano do Sul/SP e professora de graduação em Medicina, diz que algumas pessoas tiram proveito da grande demanda no mercado e se utilizam de má fé para copiar e comercializar cursos de forma irregular, com interesse puramente financeiro. Assim, se aproveitam de profissionais ingênuos e, por vezes, oferecem valores abaixo dos oficiais, levando o aluno a fazer um curso que não obedece aos critérios de qualidade exigidos pelos núcleos oficiais e pelos detentores dos direitos autorais.

"Temos que combater essas pessoas, acionando-os juridicamente para que não continuem lesando os profissionais que os procuram, os quais, muitas vezes, têm poucos recursos para dispor em capacitação", avalia ela.

Diante de tal cenário, como se proteger? Como estar seguro de que o treinamento contratado é ministrado por empresa idônea e profissional devidamente autorizado? Especialistas recomendam uma série de medidas que o contratante pode adotar para certificar-se da autenticidade do produto.

 

Confira a reportagem na íntegra na Edição 31 Outubro da Revista Emergência

Fonte: https://revistaemergencia.com.br/site/content/edicoes/edicao_detalhe.php?id=JayA