Período Imperial 1822-1888

Durante este período, D. Pedro I reorganizou os Correios do Brasil independente e iniciou o processo de criação de administrações de correios nas províncias.
Sob D. Pedro II, as reformas postais instituíram: o pagamento prévio de franquia unificada; o lançamento dos primeiros selos postais; a criação do quadro de carteiros, de caixas de coleta e de postais e a distribuição domiciliária de correspondência na Corte e nas províncias. Foi estabelecido o serviço telegráfico, e o Brasil aderiu, por tratados, aos organismos internacionais de telecomunicações recém-criados.

1822
O mensageiro Paulo Bregaro, considerado o primeiro carteiro e o Patrono dos Carteiros no Brasil, entregou a D. Pedro I, no dia 7 de setembro, às margens do Riacho do Ipiranga, correspondência da Imperatriz Leopoldina informando sobre novas exigências de Portugal com relação ao Brasil. Ao recebê-la, D. Pedro reagiu às imposições da Corte, declarando no ato a Independência do Brasil, associando assim os Correios a este importante momento histórico do País.

1828
José Clemente Pereira, Ministro e Secretário dos Negócios do Império, apresentou a proposta de reorganização dos serviços postais, formalizada pelo Decreto de 30 de setembro.

1829
Em complemento ao Decreto do ano anterior, foi determinada por D. Pedro I, pelo Decreto de 5 de março, a unificação de todas as linhas postais então existentes numa administração geral, a “Administração dos Correios” bem como a criação de administrações provinciais nas capitais das províncias.

1831
Supressão do cargo de diretor-geral dos Correios (DGC), competindo a direção e a inspeção dos mesmos, na Corte, ao ministro do império; e nas províncias, aos presidentes.

1835
Adoção da entrega domiciliar de correspondência; uso de uniforme com bolsa de cartas a distribuir e outra para a introdução de cartas pelos transeuntes.

1840
Rowland Hill criou na Inglaterra o primeiro selo postal adesivo, o Penny Black, como parte da Reforma Postal Inglesa, fazendo com que o pagamento da correspondência fosse feito pelo remetente e não pelo destinatário, como ocorria até então, servindo o selo como comprovante desse pagamento.

1841
Inicío o Segundo Reinado com a coroação de D. Pedro II em 17 de julho de 1841.

1842
Reforma postal à moda inglesa, para pagamento prévio da tarifa, com a adoção do selo postal.

1843
Em 1º de agosto, emissão dos primeiros selos postais brasileiros, denominados Olhos-de-Boi, nos valores de 30, 60 e 90 réis. Por essa razão, neste dia, no Brasil, comemora-se o “Dia do Selo”.

1844
Criação do corpo de carteiros e o de condutores de malas, além do sistema de entrega de correspondências em domicílio.

1845
Instalação das primeiras Caixas de Coleta do Império, no Rio de Janeiro. Uma nova emissão de selos denominados "Inclinados" foi lançada.

1852
Instalação do telégrafo elétrico no Brasil. A primeira ligação oficial ocorreu entre o Quartel-General do Exército, no Rio de Janeiro, e a residência imperial da Quinta da Boa Vista.

1861
Criação da Secretaria do Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas com a qual se vinculavam os correios terrestres e marítimos. Foram promulgadas as convenções que regulamentam as trocas de correspondências com estados estrangeiros.

1865
Iniciado o Serviço de Vale Postal.

1866
Os selos passaram a representar a efígie de D. Pedro II, sendo picotados, desde então.

1872
Lançamento dos primeiros cartões postais ilustrados.

1877
Adesão do Brasil ao tratado relativo à criação da União Geral dos Correios, celebrado em Berna – Suíça em 1874.

1878
Emissão do selo auriverde, primeiro selo postal em duas cores: verde e amarelo.

1879
A União Geral dos Correios, desde o Congresso de Paris, passou a se chamar União Postal Universal.

1880
Inicio do o uso de Bilhetes Postais.

1882
Edição do Guia Postal do Império do Brasil.

1888
Promulgação do último decreto imperial que promovia uma nova reforma nos serviços postais do Brasil.